“Diz que era um homem” que estava indo de uma cidade para outra a cavalo. Depois de galopar por duas horas, do alto de uma serra, ele, enfim, avistou a cidade onde ia. Era só descer o morro e pronto, chegaria ao seu destino final. Muito aliviado por estar chegando, avistou também uma forte tempestade que estava se aproximando rapidamente da cidade.
O homem estava muito apertado para ir ao banheiro, mas com pressa de chegar e com preguiça de descer do animal pensou: “Essa chuva, com certeza vai me pegar de jeito e vou chegar todo molhado à cidade. Vou então urinar aqui mesmo, assim não precisarei descer e ninguém vai notar”.
Então o homem aliviou sua vontade ali mesmo, em cima do arreio, enquanto descia o morro. Para surpresa dele, o vento mudou a direção e acabou por espalhar a chuva, que não chegou nem a molhar o pó da estrada.
Envergonhado e bastante arrependido da infeliz ideia, o homem deu uma volta na praça sem descer do cavalo e voltou para casa sem resolver o que precisava, com as calças e o arreio todo mijado.
História contada e recontada pelo finado Raimundo de Oliveira, de Bom Jesus do Amparo/MG